2020 - 2021
Session #3
Onde
21 e 22 de Abril, 2021
Quando
Colégio Almada Negreiros, Lisboa, Portugal
Convidados
Liliana Coutinho ([email protected])
Participantes
Nicolle Vieira (doutoranda Estudos Artísticos); Irie Júnior (doutorando em História de Arte, IHA); Andrea Brandão (doutoranda em Estudos Artísticos); Marta Guerreiro (doutoranda em história de arte, IHA); Alexandra do Carmo (doutoranda em Estudos Artísticos, IHA); Rita Barreira (doutoranda em Estudos Artísticos, IHA); Catarina Pires (doutoranda em Estudos Artísticos, IHA); Bruno Marques (Investigador integrado IHA); Ana Lanita (doutoranda em Estudos Artísticos); Filipa Coimbra (doutoranda em História de Arte, IHA); Raquel Ermida (doutoranda em Estudos Artísticos, IHA)
Externos
Letícia Larín, (doutoranda, Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes (CIEBA/FBAUL); Filipa Alves de Sousa (doutoranda em Educação Artística do Programa de Consórcio da Universidade do Porto e Univ. de Lisboa).
21 e 22 de Abril, 2021
Quando
Colégio Almada Negreiros, Lisboa, Portugal
Convidados
Liliana Coutinho ([email protected])
Participantes
Nicolle Vieira (doutoranda Estudos Artísticos); Irie Júnior (doutorando em História de Arte, IHA); Andrea Brandão (doutoranda em Estudos Artísticos); Marta Guerreiro (doutoranda em história de arte, IHA); Alexandra do Carmo (doutoranda em Estudos Artísticos, IHA); Rita Barreira (doutoranda em Estudos Artísticos, IHA); Catarina Pires (doutoranda em Estudos Artísticos, IHA); Bruno Marques (Investigador integrado IHA); Ana Lanita (doutoranda em Estudos Artísticos); Filipa Coimbra (doutoranda em História de Arte, IHA); Raquel Ermida (doutoranda em Estudos Artísticos, IHA)
Externos
Letícia Larín, (doutoranda, Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes (CIEBA/FBAUL); Filipa Alves de Sousa (doutoranda em Educação Artística do Programa de Consórcio da Universidade do Porto e Univ. de Lisboa).
Dia 21
10h – 10h30 – Breve apresentação da Liliana Coutinho e dos participantes
10h30 – 11h30 – Apresentação: Arte na encruzilhada de mundos.
Ao longo do dia, Liliana Coutinho foi desvelando as principais referências que têm orientado o seu trabalho enquanto investigadora, curadora e programadora.
A investigadora começou por antecipar que o trabalho de programação tem sempre uma dimensão política e que a investigação pode ser um modo de tomar uma posição no mundo. A liberdade constitui, neste sentido, uma condição necessária para que exista esse espaço de experimentação. Para além disso, há ainda a assinalar o desafio de tentar extrair outras linhas de sentido (de uma peça de teatro, por exemplo), sem fechar esse sentido (experiência indeterminada, Immanuel Kant) e de nos mantermos sempre em posição de discutir, de argumentar, sem chegar a um acordo final (Hannah Arendt). É neste exercício que se coloca a questão de como é que a singularidade pode ter lugar nessa experiência estética e da importância desta última para o conhecimento humano.
Neste contexto, e tomando como referência o trabalho do neurobiólogo Humberto Maturana, Liliana Coutinho falou-nos do mundo singular de cada um de nós e nas contribuições do autor para as teorias sistémicas (relação entre genética, biologia e o social). Partindo da premissa de que cada organismo vivo tem a sua forma de construir a sua experiência particular (autopoiesis, Varela e Maturana, 1970) isso exige um esforço para lidar com outras formas de fazer mundo. Foi aqui que a investigadora introduziu a distinção levada a cabo por François Jullian dos conceitos de uniforme, universal e comum (2008) e de como, por exemplo, a própria declaração universal dos direitos humanos impõe formas de uniformização que levam à perda de singularidades e consequentemente de biodiversidade. Citando o mesmo autor, Liliana Coutinho rematou referindo que a certeza de um conhecimento é a maior doença que o mundo pode ter.
10h – 10h30 – Breve apresentação da Liliana Coutinho e dos participantes
10h30 – 11h30 – Apresentação: Arte na encruzilhada de mundos.
Ao longo do dia, Liliana Coutinho foi desvelando as principais referências que têm orientado o seu trabalho enquanto investigadora, curadora e programadora.
A investigadora começou por antecipar que o trabalho de programação tem sempre uma dimensão política e que a investigação pode ser um modo de tomar uma posição no mundo. A liberdade constitui, neste sentido, uma condição necessária para que exista esse espaço de experimentação. Para além disso, há ainda a assinalar o desafio de tentar extrair outras linhas de sentido (de uma peça de teatro, por exemplo), sem fechar esse sentido (experiência indeterminada, Immanuel Kant) e de nos mantermos sempre em posição de discutir, de argumentar, sem chegar a um acordo final (Hannah Arendt). É neste exercício que se coloca a questão de como é que a singularidade pode ter lugar nessa experiência estética e da importância desta última para o conhecimento humano.
Neste contexto, e tomando como referência o trabalho do neurobiólogo Humberto Maturana, Liliana Coutinho falou-nos do mundo singular de cada um de nós e nas contribuições do autor para as teorias sistémicas (relação entre genética, biologia e o social). Partindo da premissa de que cada organismo vivo tem a sua forma de construir a sua experiência particular (autopoiesis, Varela e Maturana, 1970) isso exige um esforço para lidar com outras formas de fazer mundo. Foi aqui que a investigadora introduziu a distinção levada a cabo por François Jullian dos conceitos de uniforme, universal e comum (2008) e de como, por exemplo, a própria declaração universal dos direitos humanos impõe formas de uniformização que levam à perda de singularidades e consequentemente de biodiversidade. Citando o mesmo autor, Liliana Coutinho rematou referindo que a certeza de um conhecimento é a maior doença que o mundo pode ter.
11h30 – 11h45 – intervalo
11h45 – 12h30
Na segunda parte da manhã, estivemos a analisar algumas imagens. Com o objetivo de introduzir o tema do pós-colonialismo, a pintura Las Meninas de Velázquez foi objeto de análise, confrontando-se as diferentes leituras propostas por autores como Michel Foucault ou Daniel Arasse. Usando o tecido como metáfora, Liliana Coutinho, sublinhou a forma como a colonização criou grandes buracos nesse tecido, de tal forma que já nem conseguimos perceber como era antes. Neste sentido, há que voltar a proceder a uma tecelagem do comum que nada mais é do que uma encruzilhada, i.e., um encontro entre fios. Num mundo pluridiverso em que todos têm as suas formas de conceber os modos de viver e de explicar o mundo, há que procurar um modo de lidar com essa tecelagem diversa. E tudo isto, argumenta a curadora, depende dos modos de relação.
Tomando como referência o ciclo que programou no Teatro Maria Matos, “As 3 ecologias”, inspirado na obra de Felix Guattari “Les Trois écologies”, este procurou refletir precisamente sobre os 3 níveis ecológicos propostos pela obra: o mental (que age a nível interno), o social e o não humano. Este programa procurou pensar de que forma desenhamos o estar em conjunto, o que é que emerge dessa relação e de que forma isto se cruza, i.e., como é que um nível impacta o outro.
12h30 – 14h – pausa para almoço
14h – 15h30 – apresentação e discussão dos trabalhos da Filipa Coimbra e da Marta Guerreiro.
Marta Guerreiro: "O Museu como espaço comum: pensar além da participação”
“A minha reflexão em torno da participação pretende repensá-la a partir da história dos museus e das estruturas internas dos mesmos, questionando a possibilidade da primeira numa instituição que se constituiu como um mundo à parte e que, ainda hoje, é altamente hierarquizada. Haverá possibilidade de construir um museu em que várias narrativas, por vezes mesmo contraditórias, possam conviver? Ou será necessário questionar a própria instituição colocando em cima da mesa outras possibilidades de museus? Os casos de estudo incluem a Fundação Calouste Gulbenkian, o Tropenmuseum, em Amsterdão e Reina Sofia, em Madrid e assentam em exemplos de trabalho de proximidade e continuidade com diferentes faixas etárias, assim como em casos de curadoria participativa”.
Filipa Coimbra: “DO ACERVO À COLEÇÃO DO CAM. Pelos trilhos do arquivo, do inventário e o do catálogo das exposições de arte da Fundação Calouste Gulbenkian”
A sua investigação surge no âmbito do catálogo digital da História das Exposições de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian (2014-2018), uma parceria FCG e IHA/ NOVA, que investigou mais 1300 exposições. Através dessa análise, a Filipa Coimbra conseguiu identificar alguns temas vetoriais que a atravessam, tais como: as ressonâncias da diplomacia cultural da FCG no desenvolvimento do acervo e a importância da coleção nos desígnios de internacionalização e nas relações com o Estado; a forma como a coleção se relacionou, por um lado, com as narrativas historiográficas e, por outro, com a produção artística coeva; a forma como algumas das omissões mais persistentes da historiografia da arte portuguesa e da historiografia da arte ocidental orientaram a representatividade da coleção e/ou a sua narrativa institucional; Os contributos da interação com o sistema da arte para o desenvolvimento do acervo – crítica, instituições e mercado da arte. A doutoranda assinalou ainda algumas dúvidas e dificuldades metodológicas que foram discutidas em seguidas no debate.
11h45 – 12h30
Na segunda parte da manhã, estivemos a analisar algumas imagens. Com o objetivo de introduzir o tema do pós-colonialismo, a pintura Las Meninas de Velázquez foi objeto de análise, confrontando-se as diferentes leituras propostas por autores como Michel Foucault ou Daniel Arasse. Usando o tecido como metáfora, Liliana Coutinho, sublinhou a forma como a colonização criou grandes buracos nesse tecido, de tal forma que já nem conseguimos perceber como era antes. Neste sentido, há que voltar a proceder a uma tecelagem do comum que nada mais é do que uma encruzilhada, i.e., um encontro entre fios. Num mundo pluridiverso em que todos têm as suas formas de conceber os modos de viver e de explicar o mundo, há que procurar um modo de lidar com essa tecelagem diversa. E tudo isto, argumenta a curadora, depende dos modos de relação.
Tomando como referência o ciclo que programou no Teatro Maria Matos, “As 3 ecologias”, inspirado na obra de Felix Guattari “Les Trois écologies”, este procurou refletir precisamente sobre os 3 níveis ecológicos propostos pela obra: o mental (que age a nível interno), o social e o não humano. Este programa procurou pensar de que forma desenhamos o estar em conjunto, o que é que emerge dessa relação e de que forma isto se cruza, i.e., como é que um nível impacta o outro.
12h30 – 14h – pausa para almoço
14h – 15h30 – apresentação e discussão dos trabalhos da Filipa Coimbra e da Marta Guerreiro.
Marta Guerreiro: "O Museu como espaço comum: pensar além da participação”
“A minha reflexão em torno da participação pretende repensá-la a partir da história dos museus e das estruturas internas dos mesmos, questionando a possibilidade da primeira numa instituição que se constituiu como um mundo à parte e que, ainda hoje, é altamente hierarquizada. Haverá possibilidade de construir um museu em que várias narrativas, por vezes mesmo contraditórias, possam conviver? Ou será necessário questionar a própria instituição colocando em cima da mesa outras possibilidades de museus? Os casos de estudo incluem a Fundação Calouste Gulbenkian, o Tropenmuseum, em Amsterdão e Reina Sofia, em Madrid e assentam em exemplos de trabalho de proximidade e continuidade com diferentes faixas etárias, assim como em casos de curadoria participativa”.
Filipa Coimbra: “DO ACERVO À COLEÇÃO DO CAM. Pelos trilhos do arquivo, do inventário e o do catálogo das exposições de arte da Fundação Calouste Gulbenkian”
A sua investigação surge no âmbito do catálogo digital da História das Exposições de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian (2014-2018), uma parceria FCG e IHA/ NOVA, que investigou mais 1300 exposições. Através dessa análise, a Filipa Coimbra conseguiu identificar alguns temas vetoriais que a atravessam, tais como: as ressonâncias da diplomacia cultural da FCG no desenvolvimento do acervo e a importância da coleção nos desígnios de internacionalização e nas relações com o Estado; a forma como a coleção se relacionou, por um lado, com as narrativas historiográficas e, por outro, com a produção artística coeva; a forma como algumas das omissões mais persistentes da historiografia da arte portuguesa e da historiografia da arte ocidental orientaram a representatividade da coleção e/ou a sua narrativa institucional; Os contributos da interação com o sistema da arte para o desenvolvimento do acervo – crítica, instituições e mercado da arte. A doutoranda assinalou ainda algumas dúvidas e dificuldades metodológicas que foram discutidas em seguidas no debate.
15h30 – 15h45 – pausa
15h45 – 17h – Nesta última parte do dia, discutiram-se dois outros trabalhos recentemente programados pela Liliana Coutinho.
O primeiro trata-se de uma peça de teatro de Vera Mantero, “O Limpo e o Sujo” (Culturgest), que procura pensar a “sustentabilidade da presença humana no planeta” e redesenhar as nossas metodologias e práticas. Será que é do feio e do sujo que poderemos partir para um processo de regeneração? A peça sugere um caminho de “transição” e de “ecologia interior” através do qual devemos desmantelar determinadas inseguranças e medos e compreendermos de que forma nos vamos implicar no mundo que estamos a criar em conjunto.
O segundo trata-se do ciclo “Questões Indígenas: Ecologia, Terra e Saberes Ameríndios” (Teatro Maria Matos). A respeito do conceito “indígena”, Liliana Coutinho sublinhou a necessidade de pensá-lo de um ponto de vista político e do importante contributo das comunidades indígenas pela forma como resistem à uniformização, conservando determinados modos de fazer mundo e um sentido de pertença com o lugar que habitam.
Dia 22
10h – 11h30 – Workshop: Os participantes foram encorajados a trazer as suas questões e experiências relacionadas com a apresentação do dia anterior. Foi uma manhã dedicada a experimentar encruzilhadas e tessituras dos mundos presentes no grupo de trabalho, na qual procurámos desenhar diferentes constelações de conceitos e perceber de que modo é que estes comunicavam.
11h30 – 11h45 – intervalo
11h45 – 13h continuação e encerramento da sessão.
15h45 – 17h – Nesta última parte do dia, discutiram-se dois outros trabalhos recentemente programados pela Liliana Coutinho.
O primeiro trata-se de uma peça de teatro de Vera Mantero, “O Limpo e o Sujo” (Culturgest), que procura pensar a “sustentabilidade da presença humana no planeta” e redesenhar as nossas metodologias e práticas. Será que é do feio e do sujo que poderemos partir para um processo de regeneração? A peça sugere um caminho de “transição” e de “ecologia interior” através do qual devemos desmantelar determinadas inseguranças e medos e compreendermos de que forma nos vamos implicar no mundo que estamos a criar em conjunto.
O segundo trata-se do ciclo “Questões Indígenas: Ecologia, Terra e Saberes Ameríndios” (Teatro Maria Matos). A respeito do conceito “indígena”, Liliana Coutinho sublinhou a necessidade de pensá-lo de um ponto de vista político e do importante contributo das comunidades indígenas pela forma como resistem à uniformização, conservando determinados modos de fazer mundo e um sentido de pertença com o lugar que habitam.
Dia 22
10h – 11h30 – Workshop: Os participantes foram encorajados a trazer as suas questões e experiências relacionadas com a apresentação do dia anterior. Foi uma manhã dedicada a experimentar encruzilhadas e tessituras dos mundos presentes no grupo de trabalho, na qual procurámos desenhar diferentes constelações de conceitos e perceber de que modo é que estes comunicavam.
11h30 – 11h45 – intervalo
11h45 – 13h continuação e encerramento da sessão.
SESSION #2
Quando
27 de Novembro de, 2020
Onde
Colégio Almada Negreiros, Lisboa, Portugal
Convidado
Samuel Silva ([email protected])
Participantes
Bruno Marques (IHA), Alexandra do Carmo (IHA), Catarina Rosendo (IHA), Maíra Santos (UL/FMH), Filipa Cordeiro (IFILNOVA), Maura Grimaldi (ICNOVA), Daniela Salazar (IHA), Raquel Ermida (IHA), Ana Lanita (IHA) e Madalena Matos (IHA).
27 de Novembro de, 2020
Onde
Colégio Almada Negreiros, Lisboa, Portugal
Convidado
Samuel Silva ([email protected])
Participantes
Bruno Marques (IHA), Alexandra do Carmo (IHA), Catarina Rosendo (IHA), Maíra Santos (UL/FMH), Filipa Cordeiro (IFILNOVA), Maura Grimaldi (ICNOVA), Daniela Salazar (IHA), Raquel Ermida (IHA), Ana Lanita (IHA) e Madalena Matos (IHA).
SESSION #4
Location: Fórum Dança Lisboa
Invited Speaker: Gregory Sholette– artist, activist, professor at CUNY and researcher from NYC.
[email protected]
Participants:
-IHA: Bruno Marques, Cristina Pratas Cruzeiro, Margarida Brito Alves, Mariana Pinto dos Santos, Ana Lanita, Alexandra do Carmo, Catarina Pires, Marta Guerreiro, Raquel Ermida, Rita Barreira
-Externals: Gastão Frota, Miranda Rodrigues, Cláudia Canarim, Margarida Bak Gordon, Samara Azevedo, Sezen Tonguz, Xavier Ovídeo
Invited Speaker: Gregory Sholette– artist, activist, professor at CUNY and researcher from NYC.
[email protected]
Participants:
-IHA: Bruno Marques, Cristina Pratas Cruzeiro, Margarida Brito Alves, Mariana Pinto dos Santos, Ana Lanita, Alexandra do Carmo, Catarina Pires, Marta Guerreiro, Raquel Ermida, Rita Barreira
-Externals: Gastão Frota, Miranda Rodrigues, Cláudia Canarim, Margarida Bak Gordon, Samara Azevedo, Sezen Tonguz, Xavier Ovídeo
10 – 10.30am – introductions and roundtable presentations by participants.
10.30 – 12.30
Professor Sholette started the session by contextualizing the economic and social situation of NYC during the 1970's, and specifically in the Lower East Side of Manhattan. The artist was born in Philadelphia, but in 1977 he decided to move to this borough in NYC. At the time, this area was mostly inhabited by immigrants. The city was suffering from an economic collapse and a lot of libraries, education and health care services were being closed. In the first part of his talk, Professor Sholette showed some examples of artists whose work depicted the precarious conditions of the population living in this area. From Jacob Riis (dating back to the 19th century), to Donald Judd (1960's) or Martha Rosler (1970's), we discussed the different ways these artists portrayed the difficult conditions of poor neighborhoods.
10.30 – 12.30
Professor Sholette started the session by contextualizing the economic and social situation of NYC during the 1970's, and specifically in the Lower East Side of Manhattan. The artist was born in Philadelphia, but in 1977 he decided to move to this borough in NYC. At the time, this area was mostly inhabited by immigrants. The city was suffering from an economic collapse and a lot of libraries, education and health care services were being closed. In the first part of his talk, Professor Sholette showed some examples of artists whose work depicted the precarious conditions of the population living in this area. From Jacob Riis (dating back to the 19th century), to Donald Judd (1960's) or Martha Rosler (1970's), we discussed the different ways these artists portrayed the difficult conditions of poor neighborhoods.
Following a moment of urban rehabilitation during the 1980s, the Lower East Side went through a process of gentrification. Hans Haacke was one of the many artists who depicted the phenomenon. The Shapolsky et al. Manhattan Real Estate Holdings, a Real-Time Social System, as of May 1, created in 1971 was an artwork that showed the concentration of real estate in New York under one group and how it managed to obscure ownership and obtain fiscal advantages. The exhibition was programmed for 1971 at the Guggenheim Museum in NY, but the director held the opinion that the work was not compatible with the real function of the museum, and the show eventually was cancelled.
The 1980s were also a period when small-scale galleries started to spring up in Manhattan. Punk and DIY culture have contributed in creating a new street aesthetic. Many young suburban artists were responsible for turning small shops into art galleries. Streets became the showcase for many art projects, and many activist art groups emerged at the time and participated in important political movements contesting gentrification and the so-called high art system, and promoting civil rights – gender, race, etc.
The 1980s were also a period when small-scale galleries started to spring up in Manhattan. Punk and DIY culture have contributed in creating a new street aesthetic. Many young suburban artists were responsible for turning small shops into art galleries. Streets became the showcase for many art projects, and many activist art groups emerged at the time and participated in important political movements contesting gentrification and the so-called high art system, and promoting civil rights – gender, race, etc.
12.30 – 2pm – lunch time
2 – 3.30pm
The work of important groups in the vibrant art scene of NY between 1979 and the 1989s (such as Colab, Group Material, Political Art Documentation/Distribution, among many others) were presented and their political repertoire were analyzed. Following our lunch break we were asked to give our perspective of how we visualize the collective or social agency through collectivism. The researchers were organized into different groups and each came up with its own proposal. The exercise raised some important questions on how the individual exists in the fractal, what role the individual plays in the collective and vice-versa, what value autonomy has and what the purpose is, and how we define it from a collective point of view. These were a sample of the points that were raised, among others that have fed the discussion during the afternoon.
2 – 3.30pm
The work of important groups in the vibrant art scene of NY between 1979 and the 1989s (such as Colab, Group Material, Political Art Documentation/Distribution, among many others) were presented and their political repertoire were analyzed. Following our lunch break we were asked to give our perspective of how we visualize the collective or social agency through collectivism. The researchers were organized into different groups and each came up with its own proposal. The exercise raised some important questions on how the individual exists in the fractal, what role the individual plays in the collective and vice-versa, what value autonomy has and what the purpose is, and how we define it from a collective point of view. These were a sample of the points that were raised, among others that have fed the discussion during the afternoon.
2019
When
November 21 - 22, 2019
Where
Colégio Almada Negreiros, Lisbon, Portugal
Guests
Catherine Quéloz ([email protected]) and Liliane Schneiter ([email protected]) – Co-founders of the Research Platform&Doctoral Practice and honorary professors at Haute École d’Arts et de Design, Geneva.
Participants
Joana Burd, Rita Barreira, Rita Bernardes, Petra Sarin, Katherine Sirois, Valeria Aparecida Alves, Francisco Cambim, Luísa Salvador, Alexandra do Carmo, Miguel Ferrão, Filippo Tomasi, Margarida Brito Alves, Paula Ribeiro Lobo, Samuel Silva, Gustavo Vicente, Sónia Moura e Raquel Ermida
Program
NOVEMBER, 21
10am – 10.30am
Short presentation of the participants
10.30am – 11am
The short form: methodological exercise of two members of RPDP-A
The short form consists of a presentation of on particular moment/aspect of the research (one reflection, question, problem, concept, reference, etc) through the use of one object, image, film fragment, quotation, among others. The short form attempts to give a performative dimension to the research experience and share with peers the state of the research through discussion and debate.
11am – 11.30am
Debate
11.30am – 11.45am
Break
11.45am – 12.30pm
Between the lines
Presentation of Catherine Quéloz e Liliane Schneiter
The two researchers described the various projects that they created or participated from the beginning of the CCC Research-Based Master Program (HEAD, Geneva) to the RPDP-A, and their activity as teachers at the popular university in Geneva, La Marmite. C&L highlighted the importance of a “gift economy in between generations”. The Research Platform that they co-founded “understands research as a sustainable practice and experience, research as the governing principle for a good life (Butler), research as the establishment of a community to share resources and imaginaries. It is founded on common values: reciprocity, mutualism, hospitality, benevolence, attention, care, empowerment. The practice of distributed creativity, the potential of “deliberate sharing” in the commons is a possibility to mutually mix and re-mix the resources: methods as well as contents. The platform hosts academic, practice-based and practice-led PhD students, as well as independent researchers considering research as the governing principle of their life”.
12.30pm – 2pm
Lunch break
2pm – 2.30pm
Discussion around The Tiny form.
Catherine Quéloz and Liliane Schniter posed the following questions in order to foster the discussion:
“Which competences are required in the elaboration of a tiny form?
Hypothesis: does the tiny form necessarily necessitate a change of scale? Or is it tiny for
another reason? Could the tiny form have an impact on the direction of the research?
How and under which circumstances and situations is the tiny form discovered or does the
tiny form appears or is the tiny form created? Could a tiny form be made of scattered elements, or a constellation, or a collection of bits and pieces?”
2.30pm – 3.30pm
Presentation and discussion of Luísa Salvador’s research project (PhD candidate in Art History) about the walking as creative and aesthetic exercise/process.
3.30pm – 3.45pm
Break
3.45pm – 4.45pm
Informal conversation about “How can we build a community that is already there, and it is not yet what it could be?”.
The discussion enacted by Miguel Ferrão (PhD in Artistic Studies) was related to a project/program of artistic residencies that takes place at the gun powder factory located in Vale Milhaços (Setúbal, Portugal) recently transformed in eco-museum (http://www.cm-seixal.pt/ecomuseu-municipal/ecomuseu-municipal-do-seixal). At this old factory there is one machine whose operation relies upon the expertise of one single person. The debate focused on questions related to the continuity of such project, knowledge transfer, circles of trust, and the possibilities offered by the premises of this factory.
NOVEMBER 22
9am – 9.30am
Research in practice through methodological exercises
Examples of methodological exercises that can be used by researchers and teachers.
09.30am – 10.30am
Methodological exercise
This exercise aims to help rethinking research methodologies used in the context of academia and find new methodologies through art practices. Each participant takes one card which contains one verb. The researcher should make a short presentation of a single aspect of her research by using as point of departure the suggested verb.
10.30am – 10.45am
Break
10.45am – 11.30am
International thread
Closing session: discussion about the format of future collaborations between the two platforms. Exchange and common projects.
10am – 10.30am
Short presentation of the participants
10.30am – 11am
The short form: methodological exercise of two members of RPDP-A
The short form consists of a presentation of on particular moment/aspect of the research (one reflection, question, problem, concept, reference, etc) through the use of one object, image, film fragment, quotation, among others. The short form attempts to give a performative dimension to the research experience and share with peers the state of the research through discussion and debate.
11am – 11.30am
Debate
11.30am – 11.45am
Break
11.45am – 12.30pm
Between the lines
Presentation of Catherine Quéloz e Liliane Schneiter
The two researchers described the various projects that they created or participated from the beginning of the CCC Research-Based Master Program (HEAD, Geneva) to the RPDP-A, and their activity as teachers at the popular university in Geneva, La Marmite. C&L highlighted the importance of a “gift economy in between generations”. The Research Platform that they co-founded “understands research as a sustainable practice and experience, research as the governing principle for a good life (Butler), research as the establishment of a community to share resources and imaginaries. It is founded on common values: reciprocity, mutualism, hospitality, benevolence, attention, care, empowerment. The practice of distributed creativity, the potential of “deliberate sharing” in the commons is a possibility to mutually mix and re-mix the resources: methods as well as contents. The platform hosts academic, practice-based and practice-led PhD students, as well as independent researchers considering research as the governing principle of their life”.
12.30pm – 2pm
Lunch break
2pm – 2.30pm
Discussion around The Tiny form.
Catherine Quéloz and Liliane Schniter posed the following questions in order to foster the discussion:
“Which competences are required in the elaboration of a tiny form?
Hypothesis: does the tiny form necessarily necessitate a change of scale? Or is it tiny for
another reason? Could the tiny form have an impact on the direction of the research?
How and under which circumstances and situations is the tiny form discovered or does the
tiny form appears or is the tiny form created? Could a tiny form be made of scattered elements, or a constellation, or a collection of bits and pieces?”
2.30pm – 3.30pm
Presentation and discussion of Luísa Salvador’s research project (PhD candidate in Art History) about the walking as creative and aesthetic exercise/process.
3.30pm – 3.45pm
Break
3.45pm – 4.45pm
Informal conversation about “How can we build a community that is already there, and it is not yet what it could be?”.
The discussion enacted by Miguel Ferrão (PhD in Artistic Studies) was related to a project/program of artistic residencies that takes place at the gun powder factory located in Vale Milhaços (Setúbal, Portugal) recently transformed in eco-museum (http://www.cm-seixal.pt/ecomuseu-municipal/ecomuseu-municipal-do-seixal). At this old factory there is one machine whose operation relies upon the expertise of one single person. The debate focused on questions related to the continuity of such project, knowledge transfer, circles of trust, and the possibilities offered by the premises of this factory.
NOVEMBER 22
9am – 9.30am
Research in practice through methodological exercises
Examples of methodological exercises that can be used by researchers and teachers.
09.30am – 10.30am
Methodological exercise
This exercise aims to help rethinking research methodologies used in the context of academia and find new methodologies through art practices. Each participant takes one card which contains one verb. The researcher should make a short presentation of a single aspect of her research by using as point of departure the suggested verb.
10.30am – 10.45am
Break
10.45am – 11.30am
International thread
Closing session: discussion about the format of future collaborations between the two platforms. Exchange and common projects.